GPS - A necessidade

Na viagem para a Patagônia (2008-2009) aconteceu um fato que me deu claros motivos para reconhecer a necessidade de adquirir um GPS. O episódio ocorreu na Argentina quando saimos de Mendoza em direção a Neuquen, cidade prevista para pernoite antes de alcançarmos Bariloche. Escolhi um roteiro mais curto, porém por estradas secundárias.

Assim que saimos da Ruta Nacional 7, importante e excelente auto estrada que faz parte da Estrada Panamericana, adentramos por um estrada em pista única quando o clima mudou rapidamente, escurecendo o céu e desabando um temporal  com direito a raios, ventos e chuva impiedosa. A visibilidade havia caído para cerca de 50 metros e para complicar a pista não tinha acostamento que nos garantisse uma parada segura.

De forma cautelosa diminuímos a velocidade e centramos todo o nosso foco naquele momento. Concentrei-me tão intensamente que não percebi em uma entrada escondida à minha direita, a placa da direção correta que deveríamos tomar.

Eu apenas percebi o erro após percorrermos cerca de 50 Km por caminho equivocado, o que nos fez andar outros mais 50 Km para retomarmos ao caminho correto. Depois de 100 Km de stress intenso e uma pequena queda em baixa velocidade, que por sorte nada de sério me aconteceu e também à moto, convenci-me da necessidade de um GPS.

Pesquisei bastante até chegar ao modelo ZUMO 550 da Garmin, fabricado especialmente para o motociclismo, sendo a prova de choque e de água.



Com esse aparelho eu consigo ser guiado por qualquer rodovia, como também ser conduzido até a porta de hotéis e restaurantes que pretender e, também, ser informado o tempo total do percurso, o que fiquei em movimento e o parado, assim como a distância percorrida, a média e a máxima velocidades realizadas e o controle do combustível existente. Em síntese, é um equipamento fantástico.


"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distancia e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." (Amyr Klink).

Ponte Inca - Aconcágua

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Irmãos Paranaenses confraternizando e trocando experiências

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Rípio

Patagônia sem fim

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Reta e mais retas


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Florianópolis - Curitiba - 320 Km - 23/01/2009
















Acordei depois de 10:00 da manhã, tomei o café no IBIS mesmo e de lá saí em direção à Curitiba depois de 11:00 da manhã. Estava completamente sem pressa.



Depois de rodar quase 70 Km peguei a Interpraias e não resisti e acabei comendo um peixe em um bar que nem nome tinha. Estava uma delícia.

Percebi no trajeto que a BR 101 até bem uns 20 Km após Floripa parece que virou avenida. É muito trânsito.



Continuei em direção ao meu destino parando por mais duas vezes, sendo a última no Posto Rudnick, onde também abasteci.



Cheguei em Curitiba quase 17:00 h e fui direto para a autorizada "4 asas" da Honda, onde já me esperavam pois o 0800 da Honda havia ligado para eles informando que eu iria proceder a troca de pneu com eles. Combinamos que eles no decorrer da próxima semana iriam pegar a Gold em minha casa e no dia seguinte seria devolvida com tudo acertado, inclusive com a necessária troca de óleo.

Resolvi deixar a moto por lá e em uma próxima visita aos filhos eu a trarei de volta.



Passei um fim de semana com os filhos, fui no Largo da Ordem onde o pessoal de moto se encontra aos domingos, revi os amigos de lá e por coincidência encontrei o Cesar que generosamente havia me presenteado com um protetor de carter da Gold em alumínio que me foi imprescindível quando transitei pelo rípio na Argentina.


Depois de 13.000 Km, estou muito feliz por ter conseguido completar essa viagem.



Cheguei em Brasília de avião no domingo (25/01), acompanhado do meu filho caçula que ficará comigo até o final de suas férias escolares.



Até uma próxima

Porto Alegre - Florianópolis - 615 Km - 22/01/2009

Acordei por volta de 8:00 h. semtindo que o corpo pedia mais cama, mas tinha que tentar trocar o pneu da frente. Liguei para o distribuir do pneu original em Porto Alegre e ele me afirmou que dificilmente eu iria encontrar em Porto Alegre, pois a fábrica não havia importado.


Fui até ao concessionário Honda "4 asas" (são aqueles escolhidos pela fábrica para comercializar e dar assistência técnica nas motos importadas), e não havia o dito pneu, e nem em Santa Catarina. Achei estranho uma moto importada não ter oferta de peça no mercado, então liguei para o 0800 da Honda e eles combinaram de enviar o pneu para Curitiba onde a moto ficará parada e de lá eu irei de avião para Brasilia. A estadia da moto em Curitiba já havia sido decidida, pois em um retorno para visitar os filhos eu pegarei a moto de volta. O Dalton ficou em Porto Alegre e de lá retornaria de avião após despachar a moto de caminhão.

No ano passado eu passei pela BR 101 e no trecho Osório - Palhoça ela estava em pista única e em fase de duplicação. Estava extremamente perigosa, assim eu resolvi ir pela BR 116. Então por volta de 13:00 h saí de Porto Alegre e rumei pela 116 direcionado para Caxias do Sul, Lages, etc. Peguei o denominado caminho "Romântico" e pude me deliciar em curvas magistrais. Apesar de todos falarem que o trânsito é carregado de caminhões eu não pude verificar isso. Consegui me integrar à paisagem com a moto e o espírito.

Peguei serra pesada mas em um bom asfalto e deslumbrando paisagens incríveis. Quando cheguei em Lages resolvi deixar o espírito rodar e decedi embicar a proa da moto para Florianópolis. Achei que era tarde para prosseguir para Curitiba e muito cedo para dormir em Lages ou São Joaquim, ou até mesmo em Urubici.

Desci a serra em direção ao litoral catarinense e desfrutei de um bom asfalto e de curvas de alta, cruzando por um bando de carros da Argentina. Consegui me ocupar em trafegar de forma despreocupada me permitindo parar em diversos pontos e papear com as demais pessoas da região.

Chegando em Folianópolis por vota de 20:00 h., fui direto ao Ibis e tive a sorte de encontrar a minha reserva ainda de pé, mesmo passado do horário limite de espera. Me instalei e saí para comer algo, depois de muito rodar de Taxi fui para o "Lilo", um bar na Beira Mar Norte da Ilha, frequentado por pessoas maduras e ao som de supertramp consegui fazer um lanche bem alemão, desistindo dos frutos do mar.

Retornei para o Hotel e desmaiei na cama de tanto sono que estava.