Puerto San Julian - El Calafate







San Julian pareceu-me uma cidade aconchegante com um bom astral. Ruas largas, cidade pequena e nada de prédios altos. Há uma praca que homenageia os militares da aeronáutica mortos na que denominaram guerra do Atlântico Sul (Malvinas), onde colocaram um aviâo Mirage. Foi dessa cidade que saiam os aviöes argentinos em direcäo à guerra.

Nesse dia o destino era El Calafate. Iniciamos por volta de 9:30h. os cerca de 600 km de distância com uma temperatura de 15 graus que nos primeiros 120 km caiu para 11 graus. Fizemos uma tocada forte para esse percurso inicial e as motos apresentaram o pior consumo de combustìvel atè entäo. Näo sabemos o motivo específico, talvez qualidade do combustìvel.

Uma informacäo adicional. Aqui na parte baixa da Patagônia a gasolina è subsidiada com base no apelo de ser a regiäo produtora e devido às grandes distâncias entre as cidades. O litro da podium custa em torno de 2,60 pesos contra cerca de 3,70 pesos nas outras regiöes argentinas. Vinha utilizando na Gold a que é denominada de FANGIO, a de mais alta octanagem, mas agora pulei para a super, uma intermediária. Estou tentando obter uma boa relacäo custo combustível.

Sempre com receio de faltar combustível, fizemos o primeiro abastecimento em Cmte Luis Piedrabuena, 120 km de San Julian, e continuamos nosso trajeto agora rumo à Rio Gallegos que fica a 190 km de Piedrabuena. Nesse percurso de rertas infindáveis o nosso amigo vento se fez presente, assim como alguns Guanacos que quase de forma misteriosa apareciam bem próximos à beira da estrada. Notamos a presenca de alguns outros animais semelhantes a nossas Emas. Enfrentamos o vento sempre em menor velocidade e com medo do abastecimento entramos em Rio Gallegos onde fizemos uma parada para o lanche e o bastecimento.

Abastecemos e retornamos cerca de 25 km para tomarmos a RP 5 (Ruta Provincial), com vento, para cumprirmos os cerca de 300 km finais para El Calafate, onde fizemos a última parada em Esperanza, e constatamos que havia combustível.

O vento na Patagônia é forte e desconfortável para quem está de moto, pois exige um esforco adicional para dirigir a moto ligeiramente inclinada. Mas parece que temos dado sorte com a intensidade dele, se compararmos com diversos relatos de viagem que falam sobre ele.

Realmente é desconfortável, mas nada que näo possamos suportar. É só ter paciência e resignacäo. Ora, quando vejo alguns aventureiros pedalando sua bikes e corajosamente enfrentando o vento, sinto-me um privilegiado em estar fazendo o percurso de moto.

Curioso é que alguns relatos chegam ao requinte de informar a velocidade exata do vento, o que näo consigo imaginar como eles conseguem calcular. Basta aceitarmos que o vento forte é uma característica típica da regiäo e que em alguns momentos de täo forte é a sua forca, que a marinha interrompe as atravessias de ferry na regiäo, e se isso ocorrer o procedimento óbvio é parar e esperar acalmar.

Depois da última parada em Esperanza, cumprimos o trecho com vento mais fraco o que permitiu uma tocada mais forte. Nesse último trecho eu passei um susto por ter me distraído e cruzado muito rente em uma curva com um carro que vinha em sentido contrário. Consfesso que me assustei muito e fiz uma reflexäo desse erro para me posicionar de forma mais cautelosa daqui pra frente.

Sempre quando nos aproximamos de alguma cidade há uma subida que ao final dela perdemos o fôlego com o cenário que se desacortina. Assim, fomos surpreendidos com a visäo da regiäo de El Calafate após uma subida pudemos nos deslumbrar com a exuberante paisagem das suas montanhas com os cumes cobertos de gelo tendo um lago azul banhando suas bases. É DE CINEMA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Chegamos em El Calafate por volta de 18:30 e após umas duas perguntas estacionamos a moto no hotel que havíamos reservado com antecedência. O curioso é que esse hotel fica na beira da pista do antigo aeroporto da cidade, que foi incorporada ao arruamento urbano. A cidade com suas edificacöes baixas e coloridas, dispostas de forma aleatória, lembra as cidades americanas que vemos nos cinemas. É uma cidade visitada por pessoas de toda a parte do mundo, escutamos todos os tipos de idiomas pelas ruas.

Logo me reencontrei com a Amélia que havia chegado de Bariloche por via aérea um dia antes e também encontramos o casal Zilmar e Cristina, conforme havíamos conversado com antecedência, já que estariam, por coincidência, de viagem em um espetacular motohome pela regiäo. Jantamos no EL TABLITA, uma deliciosa e bem estruturada casa de Parrilla, com preco alto mas com refeicäo de qualidade.

Ainda näo consegui colocar fotos.