Florianópolis - Curitiba - 320 Km - 23/01/2009
















Acordei depois de 10:00 da manhã, tomei o café no IBIS mesmo e de lá saí em direção à Curitiba depois de 11:00 da manhã. Estava completamente sem pressa.



Depois de rodar quase 70 Km peguei a Interpraias e não resisti e acabei comendo um peixe em um bar que nem nome tinha. Estava uma delícia.

Percebi no trajeto que a BR 101 até bem uns 20 Km após Floripa parece que virou avenida. É muito trânsito.



Continuei em direção ao meu destino parando por mais duas vezes, sendo a última no Posto Rudnick, onde também abasteci.



Cheguei em Curitiba quase 17:00 h e fui direto para a autorizada "4 asas" da Honda, onde já me esperavam pois o 0800 da Honda havia ligado para eles informando que eu iria proceder a troca de pneu com eles. Combinamos que eles no decorrer da próxima semana iriam pegar a Gold em minha casa e no dia seguinte seria devolvida com tudo acertado, inclusive com a necessária troca de óleo.

Resolvi deixar a moto por lá e em uma próxima visita aos filhos eu a trarei de volta.



Passei um fim de semana com os filhos, fui no Largo da Ordem onde o pessoal de moto se encontra aos domingos, revi os amigos de lá e por coincidência encontrei o Cesar que generosamente havia me presenteado com um protetor de carter da Gold em alumínio que me foi imprescindível quando transitei pelo rípio na Argentina.


Depois de 13.000 Km, estou muito feliz por ter conseguido completar essa viagem.



Cheguei em Brasília de avião no domingo (25/01), acompanhado do meu filho caçula que ficará comigo até o final de suas férias escolares.



Até uma próxima

Porto Alegre - Florianópolis - 615 Km - 22/01/2009

Acordei por volta de 8:00 h. semtindo que o corpo pedia mais cama, mas tinha que tentar trocar o pneu da frente. Liguei para o distribuir do pneu original em Porto Alegre e ele me afirmou que dificilmente eu iria encontrar em Porto Alegre, pois a fábrica não havia importado.


Fui até ao concessionário Honda "4 asas" (são aqueles escolhidos pela fábrica para comercializar e dar assistência técnica nas motos importadas), e não havia o dito pneu, e nem em Santa Catarina. Achei estranho uma moto importada não ter oferta de peça no mercado, então liguei para o 0800 da Honda e eles combinaram de enviar o pneu para Curitiba onde a moto ficará parada e de lá eu irei de avião para Brasilia. A estadia da moto em Curitiba já havia sido decidida, pois em um retorno para visitar os filhos eu pegarei a moto de volta. O Dalton ficou em Porto Alegre e de lá retornaria de avião após despachar a moto de caminhão.

No ano passado eu passei pela BR 101 e no trecho Osório - Palhoça ela estava em pista única e em fase de duplicação. Estava extremamente perigosa, assim eu resolvi ir pela BR 116. Então por volta de 13:00 h saí de Porto Alegre e rumei pela 116 direcionado para Caxias do Sul, Lages, etc. Peguei o denominado caminho "Romântico" e pude me deliciar em curvas magistrais. Apesar de todos falarem que o trânsito é carregado de caminhões eu não pude verificar isso. Consegui me integrar à paisagem com a moto e o espírito.

Peguei serra pesada mas em um bom asfalto e deslumbrando paisagens incríveis. Quando cheguei em Lages resolvi deixar o espírito rodar e decedi embicar a proa da moto para Florianópolis. Achei que era tarde para prosseguir para Curitiba e muito cedo para dormir em Lages ou São Joaquim, ou até mesmo em Urubici.

Desci a serra em direção ao litoral catarinense e desfrutei de um bom asfalto e de curvas de alta, cruzando por um bando de carros da Argentina. Consegui me ocupar em trafegar de forma despreocupada me permitindo parar em diversos pontos e papear com as demais pessoas da região.

Chegando em Folianópolis por vota de 20:00 h., fui direto ao Ibis e tive a sorte de encontrar a minha reserva ainda de pé, mesmo passado do horário limite de espera. Me instalei e saí para comer algo, depois de muito rodar de Taxi fui para o "Lilo", um bar na Beira Mar Norte da Ilha, frequentado por pessoas maduras e ao som de supertramp consegui fazer um lanche bem alemão, desistindo dos frutos do mar.

Retornei para o Hotel e desmaiei na cama de tanto sono que estava.

BUENOS AIRES - PORTO ALEGRE - 940 Km - 21/01/2009 - PROJETO CONCLUÍDO

Acordamos por volta de 5 da manhã e após abastecermos a moto fomos para o Cais para os procedimentos de embarque e aduanas (Argentina e Uruguaia).

O BUQUE saiu exatamente no horário previsto de 7:30, tomamos um café da manhã a bordo (há várias lanchonetes), depois de 15 minutos da partida a loja Free Shop abriu, eu fiquei rodando pela loja observando o frenesi feminino na seção de perfumes, e o tempo foi passando.

A viagem é tranquila, o barco não balança (mesmo assim eles amararam as motos, deve ser protocolo), é veloz e ficamos tranquilos.

A 11:00 estávamos montados na moto na saída do porto de Montevideo, o termômetro da moto indicava 31º e os de ruas marcaam 35º. O jeito foi viajar sem o casaco.

A estrada Uruguaia (Ruta 9) é um tapete, e logo vencemos os primeiro 370 km até o Chuy, ´que faz fronteira com o Chui brasileiro.

Pensavamos em dormir em Pelotas ou outra cidade e continuamos tocando firme. Sabíamos que estavamos cansados e que o que queríamos de fato era chegarmos em Porto ALgre ainda nesse mesmo dia.

Fomos acelerando as motos e tocamos até chegarmos no IBIS de Porto Alegre já as 22:00 h. Cansados mas felizes por termos chegado no mesmo local onde havíamos partido. Como não havia vaga no IBIS fomos para o Mercury que estava com a diária em promoção.

Tivemos a sorte de não haver vaga no IBIS pois o Mercury nos brindou com um sala e quarto maravilhoso, com tudo que nem sonhávamos. O atendimento do pessoal também foi maravilhoso. São super prestativos e atenciosos. Esse eu Recomendo.

Findamos a viagem com cerca de 12.00 km rodados.

Buenos Aires - 20/01/2009

Acordamos depois de 9 horas e consideramos que o corpo pedia descanso. Fomos até a agência do BUQUEBUS e fomos informados que para o dia seguinte somente haveria vaga para a travessia Buenos Aires - Colonia (UR) no horário de 18:00.

Coloônia del Sacaramento dista 130 Km de Montevideo e a travessia de BUQUE leva apenas 1 hora. A alternativa foi comprar passagem para o trecho Buenos Aires - Montevideo, que demanda cerca de 3 horas para o percurso e é bem mais cara. Essa foi a saída.

Da loja fomos rodar a famigerada rua Florida e deparamos com um bando de brasileiros passeando e comprando. Eu fui na livraria El Ateneu e comprei mapas, o meu vício, e livros para presentear. Comprei uns CD de Tango a pedido da Amélia e só.

Na nossa estada em Buenos Aires, fomos na Recoleta (não vale a pena, ó bairro ficou para turista), na Bombonera, onde gosto de almoçar em um boteco bem en frente à entrada do estádio que fica o museu do Boca, nos deliciamos com um "lomo" (filet) e a Quilmes estupidamente gelada´. Passeamos pelo porto Madero, e jantamos em um restaurante no PALERMO, onde comi o melhor cordeiro da minha vida. Palermo ainda é um bairro que preserva o espaço dos hábitos do Portenho. Parece que eles chegam do trabalho e dormem até meia noite e aí sim saem para jantar.

voltamos para o nosso hotel o "8 de outbro" na Rua Paraguai, quase esquina com Paraná.

Bahia Blanca - Buenos Aires - 19/01/2009

Acordamos ainda sentido a fadiga dos 1.140 km percorridos no dia anterior, tomamos o café e partimos em direcäo a Buenos Aires.

Nos defrontamos com uma estrada de piso fora dos padröes encontrados até entäo, com muito tráfego de caminhöes, e um calor de 31 graus.

Paramos diversas vezes, e uma delas para que eu pudesse me refazer, acredito que estava experimentando uma queda de`pressäo por conta do calor. Cochilei no banco de um restaurante de um posto YPF refrigerado por cerca de 20 minutos e aí entäo seguimos para Buenos Aires após termos vencido poucos masmuito cansativos 720Km.

Combinamos em descansarmos em Buenos AIres por um dia, e bem longe das motos.

Comodoro Rivadávia - Bahia Blanca - 18/01/2009

O roteiro programado previa para esse dia um percurso de cerca de 460 Km até a cidade de Purto Madryn onde ficaríamos por mais um dia para descanso e passeios pela Península Valdez.

Fizemos uma reavaliacäo e concordamos que poderíamos tentar ir um pouco mais além e que näo seria täo necessário o descanso. Percebemos que após 23 dias de viagem a saudade aperta e após termos a excelente oportunidade de viver vários momentos agradáveis, poderíamos nos dar ao luxo de deixar Puerto Madryn e seus atrativos que devem ser encantadores, para uma outra oportunidade.

Saímos por volta de 9:30 e rumamos em direcäo ao nosso trajeto original. Sabíamos que com sorte poderíamos chegar em Puerto Madryn ainda antes de meio dia, e foi exatamente isso que aconteceu. Fomos premiados por uma manhä sem vento e temperatura em torno de 15 graus, sendo que em alguns momentos ela caiu até 11 graus. Nessas condicöes climáticas a favor e beneficiados por uma boa estrada, tanto de piso como de relevo, dirigimos forte obtendo médias altas e com seguranca chegamos na entrada de Puerto Madryn em torno de 12:40.

Paramos em um posto YPF abastecemos e reavaliamos a decisäo de continuarmos mais um trecho e concordamos que poderiamos ir até Viedma, cerca de mais 350 Km. Nesse posto encontramos dois irmäos curitibanos em uma TDM 900, igual ao do Dalton, e em um Fazer 650 (ou 600), amabas da Yamaha. Muito simpáticos e bem equipados demonstrando terem se preparado muito bem para a viagem. Seguimos em frente e eu por engano saí da Ruta 3 e peguei uma Ruta Provincial, que mesmo fazendo parte do nosso roteiro original, näo passaria por Viedma. Depois de percorridos cerca de 50 km, parei a moto próximo a um caminhäo e perguntei ao motorista e ele confirmou que eu estva errado e que uma boa possibilidade era ir para Rio Colorado ou até mesmo tentar chegar em Bahia Blanca.

Conversei com o Dalton e ele como sempre um grande companheiro apoiou a idéia de tentarmos ir em frentre e näo retornamos. Continuamos tocando, mas dessa vez de forma mais moderada pois o calor comecou a apertar, marcando 25 graus. Chegamos em Rio Colorado e como estávamos a apenas 180 km de Bahia Blanca, topamos seguir em frente.

Depois de percorrermos 1.140 Km nesse dia (foi o recorde da viagem até entäo) chegamos em Bahia Blanca a 22:00 h., e prontamento nos instalamos no Hotel Itália, bom hotel a um preco razoável ( 140,00 pesos = 100,00 reais). O Dalton reclamou do barulho do quarto, pois o dele ficacava de frente para a rua de maior movimento. O ponto alto desse dia, além de termos pilotado por mais de 1.100 Km, foi termos jantado em um excelente restaurante onde comemos muito bem a um preco honesto. Elegemos como o melhor bife de "Lomo" (filet mignon) saboreado na viagem.

RIO GALLEGOS - COMODORO RIVADÁVIA - 17/09/09

Um percurso de 800 km que iniciamos a 8:00 da manhä com uma temperatura de 13 graus. Pegamos bastante vento e o meu procedimento foi repetido: acionar o piloto automático na velocidade adequada ao vento e sentar torto no assento da moto.

Ficamos sob vento intermitente até percorrermos cerca de 200 km. Daí em diante o vento nos deu uma trégua e conseguimos ir adiante enfrentando dessa vez o sono, que para ele näo houve remédio, a näo ser parar a moto em um posto e esperar ele passar.

Nessas paradas conseguimos perceber que todos que estvam no Ushuaia passeando e tendo carros como locomocäo coincidentemente paravam nos mesmos locais, até porque as alternativas näo existem. Todos viramso uma grande família e sempre temos com que conversar. A pergunta deles sempre é a mesma: Como é que a gente consegue dirigir com o vento????? A resposta é sempre a mesma: em posicäo de desconforto!!!!!!!!!!!!!!!.

Chegamos em Comodoro Rivad{avia por volta das 17:00 h e fomos para um hotel mediano descansar o esqueleto.

USHUAIA - RIO GALLEGOS - 16/01/09

Para esse percurso de cerca de 600 Kms, havíamos combinado de sair o mais cedo possível. Acordar 6:30 h., arrumar as bagagens nas motos, esperar a Amélia ir para o Aeroporto e sair em seguida, tipo 7:30, e já com o café da manhä tomado.


Acordamos no horário e nos deparamos com um Sr. Mau Tempo, com chuva, frio e pouca visibilidade. Resolvemos entäo esperar o tempo melhorar para entäo sairmos. Nessa espera eu levei a Amélia ao aeroporto, voltei e e fiquei sentado esperando o tempo melhorar.

Nesse interim um hóspede da Pousada me chamou para o lado de fora e apontou para os cumes das montanhas mostrando-me que havia nevado, e com certeza eu enfrentaria frio na saída de Ushuaia. Contudo, o dono da pousada me falou que após Touilhin, após a serra, o clima com certeza seria outro.


Cerca de 10:00 h. fizemos uma reavaliacäo do tempo e decidimos que tendo a chuva cessado e mesmo com o termömetro marcando 7 graus valeria a pena pegar a estrada. Vestimos toda a nossa roupa de frio (forro da roupa de cordura, segunda pele SOLO para frio rigoroso, meia especial, luva sobre a também segunda pele da SOLO) e partimos.


Colocamos combustivel no centro de Ushuaia e quando era 11:00 h. estavamos cruzando o posto policial que fica na saída da cidade. Comecamos a subir a serra e uma chuva fina comecou a bater nos nossos esqueletos, nesse percurso a temperatura foi caindo até chegar a 3 graus. Como estávamos bem agasalhados nós näo sentimos frio, a näo ser nas pontas dos dedos dos pés e das mäos. Seguimos firme e apreciamos a neve no cume dos picos e gelo bem próximo a nós. Foi uma imagem muito linda, apesar do frio.

Chegamos no "PASO" ( alto da serra e na passagem mais estreita), e comecamos a descida sepre acompanhados pela chuva e o frio. Näo resistimos e paramos em um posto de combustível em Touilhin, nos aquecemos e continuamos sem abastecer asa motos pois prevíamos fazer isso em San Sebastian (local onde fica a primeira aduana Argentina). Tocamos de Ushuaia até a primeira aduana cerca de 300km sem abastecimento, e realmente ap{os Toulhin a temperatura ajudou bastante.

Vale relatar a experiëncia que fiz. Quando se sai de Ushuaia via terrestre em direcäo ao norte, somos obrigados por razöes territoriais a fazer a aduana Argentina de saída; a Chilena na entrada; novamente a Chilena na saída; e, por último a Argentina na entrada, ou seja, säo quatro fronteiras. É só pegar um mapa para entender melhor. A minha experiëncia foi ousar em fazer todas 4 aduanas sem tirar o capacete e a balaclava (a touca ninja, que apenas deixa a amostra os olhos e o nariz). Acreditem, em nenhuma das quatro aduanas me pediram que retirasse o capacete e a balaclava, carimbavam meu passaporte sem ao menos ver a foto. Se o meu passaporte estivesse com a foto de um macaco ou um jumento, com certeza ele seria carimbado!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bem, continuando................pegamos o rípio por mais um vez e pude perceber que o rípio combinado com vento, näo se consegue desenvolver a mesma velocidade que fiz na ida. Fiquei imaginando se o rípio combinado com vento mais chuva seria viável. Em resumo, o rípio também depende de fatores climáticos.


Quando fizemos a primeira aduana chilena o oficial nos informou que a travessia de balsa pela parte mais estreita estava interrompida em razäo das circunstäncias climáticas. Avaliamos se deveríamos dormir em San Sebastian ou ir para Porvenir ( a travessia mais longa). Optamos em seguir e quando estivéssemos no entrocamento que deveríamos escolher por uma das partes da travessia faríamos entäo. Sabíamos que poderíamos dormir em algum ponto desses, näo só em hotel como entäo utilizarmos uma barraca e saco de dormir que estavam em nossas bagagens.


No trajeto eu vi passar na frente da moto uma lebre e em outro momento um cachorro do mato.

No entrocamento nós avaliamos que deveriamos rumar para a parte mais estreita da travessia, já que na outra parte a travessia somente se realiza uma vez por dia e sempre no horário de 18:00 h. O que näo daria tempo pois já eram 16:50 e teríamos mais 100 km de rípio para percorrer.

Seguimos para o sentido da travessia mais estreita e já quase chegando comecamos a perceber que havia carros em sentido contrário, o que era indício de que a travessia havia sido restabelecida.

No momento em que chegamos no local de embarque, já em torno de 18:00 h. , vimos uma fila descomunal e resolvemos passar todos os carros estacionados, pois achamos injustos ficarmos deprotegidos em uma fila de carros. Isso foi a melhor coisa que fizemos, pois tivemos prioridade no embarque e pegamos a primeira balsa, justo a que tambem estava embarcando o Zilmar com o seu Motohome, que estava por lá desde as 15:00 h. , já que havias saído de Ushuaia por volta de 7:30 da manhä.

Atravessamos a balsa em um mar revolto, ondas fortes que batiam nas laterais da barca e espumavam sobre os veículos. Fiquei "mareado" e assim que descemos da barca fui em uma lachonete beber uma coca.

Continuamos pela estrada ap{os perdermos tempo com as quatro aduanas mais a travessia e sob forte vento conseguimos chegar em Rio Gallego por volta de 21:00 h. Em razäo deos hotéis estarem quase todos lotados, por conta do atraso na travessia, eu e o Dalton ficamos em hotéis separados.

Passeando por USHUAIA

Destinamos dois dias parados em USHUAIA. No primeiro dia fizemos um passeio de 6 horas que eu recomendo a todos näo fazë-lo. É super cansativo para muito tempo de barco. Relamente se vë pinguim, pássaros, leäo marinho, etc. Näo compensou.

No segundo dia dediquei-me a tentar recuperar o meu celular que esqueci no restaurante onde jantei na véspera. Ele virou pó!!!!!!!!!!!!!!!!!! O Restaurante: "LA RUEDA", péssimo atendimento, comida ruim e näo me devolveram o celular, achei muito difícil algum turista pegar e näo devolver, e olhe que o restaurante foi recomendado pelo pessoal da Pousada em que ficamos.

Curioiso é que realmente os restaurantes em Ushuaia näo säo bons, mas sabem cobrar caro. A excecäo foi o ALMACEN, um misto de vinoteca, padaria, butique e amostra de tranqueiras antigas. Tem um atendimento bem simpático e precos honestos. Esse valeu a pena.

Ushuaia, dita a cidade mais austral do mundo (até porque näo a é, pois Puerto Willians, misto de cidade e base militar chilena fica em posicäo mais austral), é uma cidade muito visitada por europeus que näo só a vistam mas também toda a patagönia, tanto a Argentina como a Chilena, o mundo amante da natureza ali se reune. Interessante foi perceber que eles visitam a Patagönia e nem querem saber de Buenos Aires ou até mesmo Santiago do Chile, e muito menos o Brasil.

Achei mutito interessante também o fato de que os Chilenos estäo prestando de forma QUASE INÉDITA O SERVICO DE LOCACÄO DE MOTOS NA AMÉRICA LATINA, BMW E kAWASAKI.

Rio Grando - Ushuaia - 13/jan











Esse foi o menor percurso, apenas 200 Km. Saimos por volta de 9:00 h e pegamos somente asfalto. De início algumas retas, com a temperatura em torno de 13 graus, fizemos uma parada para abastecimento a apenas 100 Km de Ushuaia, onde encontramos com um casal de baianos que junto com um americano alugaram motos BMW no Chile, por intermédio de uma empresa em que o proprietário acompanha o percurso também em uma moto, e contam ainda com um carro de suporte.

Chegamos na cidade de Ushuaia por volta de 13:00, fomos no "i!", onde pegamos o mapa com a informaçäo da localizaçäo do hotel, o qual voou de minha mäo no deslocamento e sumiu......Mesmo assim conseguimos achar o "Hostal Del Monte" após uma longa peregrinaçäo de pergunta, escuta e näo entende....

Aportamos e seguimos para o centro da cidade para almoçarmos. Voltamos já bem tarde e tratamos de dormir....

Punta Arenas (CH) - Rio Grande (AR) - RUMO AO USHUAIA
























































Saímos em busca de um mecânico para efetuar a troca de óleo das motos em torno de 9 horas. A busca foi longa até acharmos alguëm. É que aqui em Punta Arenas a motociclete, em razäo do clima frio näo é um veículo muito comum. O curioso da busca foi a corrida que levamos de um grupo de cerca de 10 cachorros que de forma ensandecida corriam latindo ao lado das motos.

Como estávasmos demasiadamente assustados com a possibilidade de ventos fortes e do rípio, resolvemos que deveríamos partir em direçäo ao Ushuaia parando em duas vezes.

Só conseguimos sair depois de trocarmos o óleo na mecânica MOTOESCAR, especialista em quadriciclos e motocross, que nos atendeu muito bem e cobrou-nos um preço justo. A nossa preocupaçäo além de näo passar do momento correto de troca do óleo era näo ficarmos preso a um mecânico em Ushuaia que haviam nos informado que ela era careiro.

Trocado o óleo fomos para o hotel e pegamos a bagagem e partimos em torno de 14:00 rumando para a TIERRA DEL FUEGO.

O termômetro marcava a temperatura rara de 18 graus e misteriosamente näo pegamos vento. Ficamos super animados e imprimíamos a velociade habitual de 140 Km/h para as imensas retas e o pouco trânsito no asfalto perfeito das estradas daqui. Chegamos na balsa e pouco esperamos. Tudo conspirava a favor da nossa viagem. Embarcamos as motos e rumamos para a Terra del Fuego por um mar surpreendetemente pouco revolto que proporcionou uma viagem segura e bastante calma de cerca de 20 minutos e acompanhados por golfinhos que ladeavam a barca.

Desembarcados, seguimos com a intençäo de dormimos em Cerro Sombrero, a última cidade antes de inciarmos o famigerado rípio. Mas como tudo contribuia positivamente, ponderamos que apesar de já ser 18:00 h, as condiçöes do tempo eram positivamente extraordinárias e o fato de contarmos com a possibilidade de um eventual apoio do Zilmar que seguia atrás da gente com o seu Motohome. Resolvemos encarar o rípio.

Já devidamente instruídos que deveríamos seguir sempre no sentido de Onaisim, uma cidade chilena, fomos no início com muito medo e cautela percorrendo os primeiro péssimos 5 km de um rípio solto que fazia a gold balançar como se estivesse em cima de um rinque de patinaçäo.

Lembrei que o César de Folrianópolis, grande pessoa dotada de um espírito colaborador que somente aqueles de mente elevada podem ter, que inclusive eu apenas conheço por meio de trocas de emails, havia me doado um protetor de cárter de alumínio para a Gold que com certeza estava sendo de grande utilidade naquele momento. Valeu Cesar, agradeço bastante a doaçäo.

Rompidos os primeiro 5 km passei a sentir mais confiança e a estrada a cada momento revelava-se melhor. As pedras soltas passaram a estar consolidadas e o piso começou a permitir velocidades maiores. Por um momento cheguei a atrever imprimir cerca de 120 km/h, mas de forma cautelosa reduzi um pouco e continuei de forma mais segura.

Mantinha os olhos em direçäo a dois pontos. No primeiro ponto eu varria os primeiros 30 metros e no segundo eu focava as curvas que iriam suceder e demais obstáculos. Sempre atento aos inúmeros Guanacos que margeavam a estrada e a presença de carneiros que poderiam atravessar a pista.

Mantinha as rodas no triñho de passagem dos automóveis e quando percebia as denominadas costelas eu acelerava forte para diminuir o impacto na roda dianteira.

E assim fui vencendo o rípio até chegar a aduana a fronteira Chil/Argentina. Como tuda dava certo, até o procedimento excessivamente burocrático da aduana chileno foi rápido. Adentramos mais uma vez na Argentina e logo pegamos o maravilhoso asfalto. Paramos em Rio Grande, boa cidade que conta com aeroporto internacional e muito movimento em decorrência da indústria do petróleo.

Mais um jantar regado pelo maravilhoso vinho argentino e caminha porque ninguém è de ferro.

Rodamos nesse dia 435 km, sendo que 355 km sem abastecer, pois näo havia postos de combustivel pelo percurso que realizamos. Isso com certeza confirma que essa viagem deve ser realizada com motos que tenham larga autonomia.

Puerto Natales - Punta Arenas







Mais um trecho curto, com cerca de 280 KM. Fiquei impressionado com a qualidade das estradas chilenas. Eles säo muito competentes.

Como havíamos visitado Torres del Paine no percurso de chegada, o dia extra planejado para Puerto natales foi aproveitado para adiantarmos o percurso e assim saímos para Punta Arenas.

Saímos em torno de 12:00 com o termômetro apontando 20 graus. A estrada permitiu avançarmos a velocidades altas, porém com segurança. Faltando 80 km para alcançarmos Punta Arenas o vento veio forte e dessa vez tivemos que reuzir a velocidade para cerca de 80km/h. Mas nada demasiadamente insuportável.

Fomos parados na estrada por um policial que de forma muito profissional nos solicitou a documentaçäo pessoal e das motos e após os procedimentos de verificaçäo nos liberou rápidamente. Pareceu-nos que se tratava de uma atuaçäo de rotina e o atendimento foi 10. Fiquei positivamente impressionado.

Chegamos na maravilhosa cidade de Punta Arenas e pudemos perceber que a frota de veículos e bem mais moderna do que a da Argentina, a cidade é muito bem cuidada e o povo super educado e atencioso com o turista.

Por coincidência nos hospedamos no hotel que recebe os brasileiro que de lá saem em missäo pelo governo brasileiro para a Antártica. A parede do hotel está lotada de quadros de agradecimento da Marinha e da Aeronáutica brasileiras.

Jantamos em um bom restaurante e combinamos de no dia seguinte trocarmos o óleo das motos e em seguida iniciarmos a viagem para Ushuaia.

EL Calafate (AR) - Puerto Natales (CH)





























Para esse dia o trajeto contemplou apenas cerca de 360 Km. Saimos em torno de 9:00 da manhä com uma temperatura de 14 graus que no curso da viagem variou para 11 graus em diversos momentos, mas nunca ultrapassando de 14 graus.

Depois de 20 minutos de estrada o nosso companheiro vento comecou a atuar da mesma forma de sempre, com rajadas intermitentes e com isso aumentando a sensacäo de frio.

Paramos para abastecer em Esperanza e presenciamos a chegada de mais de 10 motos KTM em uma jornada capitaneada pelo importador dessa marca no Brasil.

Prosseguimos e mais adiante cruzamos com outro grupo de motociclistas, esses da Italia de onde trouxeram suas proprias motos via maritima.

Estamos comecando a acreditar que a Patagönia esta virando a meca do motociclismo de estrada pelos europeus e brasileiros. Outro fato curioso é que até agora ainda näo vimos uma única moto custon por essas bandas.

Fizemos a entrada pelo Chile pelo Paso Cancha Carrera onde tivemos que esperar os passageiros de um önibus e os cerca de 10 italianos de moto fazerem os procedimentos de saída da Argentina, bem como a burocrática entrada no Chile, o que demandou mais de 1 hora.

Deixamos as motos estacionadas na porta de um hotel em Cerro Castillo, já no lado chileno, e por volta de 14:00 h fomos de motohome, enfrentar cerca de 80 km de rípio de ida e mais outros 80 km de volta, para conhercermos as Torres del Paine (Paine = azul).

As torres säo lindas, de um visual impar, aliás todo o parque é generoso em locais maravilhosos. Retornamos quase 21:00 h., mas ainda dia, para Cerro Castillo onde pegamos as motos e rumamos para Puerto Natales. Nesse trajeto de cerca de 60 km, enfrentamos 20 km de rípio e dessa vez consegui pilotar com mais desenvoltura nesse piso do que das vezez anteriores. A Gold saiu-se muito bem.

Chegamos em Puerto Natales a 21:40 h., ainda dia e fomos para a Pousada que havíamos reservado previamente. O Zilmar e a Cristina estacionaram o motohome em frente da pousada NIKOS II. Nessa mesma Pousada tivemos a grata surpresa de encontrar nossos colegas de Brasília, Dino eFlávio que juntos com mais dois amigos estäo fazendo o nosso mesmo roteiro mas em sentido inverso do nosso.

Jantamos muito bem e a um custo baixíssimo. Foi sensacional.