Gobernador Costa - Puerto San Julian














































Acordamos bem antes do servico de café da manha e resolvemos nao esperá-lo. Tratamos de arrumar as nossas tralhas na moto e seguirmos viagem, já que teríamos que compensar nesse dia os 260 km do percurso anterior que nao foi realizado por conta da falta de gasolina na regiao.

A meta era rodarmos cerca de 850 km até Puerto San Juilian.

O termometro marcava 10 graus e por conta disso resolvemos sair totalmente agasalhados. Tentamso tomar um café no posto de gasolina mas a lanchonete saomente abriria também as 8:00 h. Decidimos entao irmos direto para Sarmiento que fica a 260 Km.

Saimosa da provincia de Rio Negro e entramos na de Chubut. A vegeta{ca era aquela que vinhamos presenciando desde Mendoza. Arbustros e pedras em planícies infindáveis. Poucas e discretas elevacoes.

Prosseguiimos com uma tocada firme imprimindo cerca de 140 Km/hora, mas apenas por cerca de 20 minutos, pois o nosso indesejável companheiro, o vento, comecou a acoitar-nos. Diminuímos a velocidade e com as motos inclinadas fomos adiante nos equilibrando em posicao desconfortável. A temperatura se mantendo entre 15 e 17 graus e fomos desviando de alguns buracos e lebres atropeladas, a regiao é densamente povoada por esses pequenos animais que ficam bobos com os faróis dos veículos que trafegam a noite. A estrada em manutencao e o vento nao nos permitia desenvolver o ritmo necessario para compensarmos o déficit de percurso do dia naterior. Por conta de um trecho que estava sendo totalmente recapeado fomos forcados a enfrentar um desvio de 15 km de rípio (estrada de terra composta por pedras miúdas e soltas em seu leito).

Essa experiencia me deu uma forte sensacao de inseguranca, pois a Goldwing com seus 380 kg seco, acrescidos do meu peso e o da bagagem perfaziam quase meia tonelada. E dirigir em rípio com esse pequeno elefante de duas patas nao foi uma tarefa fácil. Mas nao havia alternativa e fomos em frente.

Uns 20 km antes de Sarmiento nos deparamos com um lindo e imenso lago de água azul.

Chegamos em Sarmiento morrendo de fome. Abastecemos as motos e o estomago e ainda batemos um papo com dois casais brasileiros, de Santa Catarina, que estavam fazendo o percurso inverso em duas motos Yamaha XT 660. Muito curiosos com as nossas motos e tentando saber de onde éramos. O motociclismo de estrada faz as pessoas serem bem despojadas.

Resolvemos estabelecer como estratégia número 1 o abastecimento em cada cidade ao longo do percurso para nao mais ficarmos sem combustível caso o abastecimento nao tivesse sido normalizado. Assim paramos em Comandante Rivadavia, uma impostante cidade em decorrencia da industria do petróleo na regiao, muito caminhao e pessoal voltado para a producao.

Pegamos a Ruta 3 (a estrada Argentina que margeia toda a costa do atläntico) e ainda paramos em Caleta Olivia (70 Km) e Fitz Roy (80 Km) para abastecimento. Dali já tínhamos autonomia suficiente para chegarmos em nosso destino. Saimos da provincia de Chubut em adentramos na de Santa Cruz.

Ao longo do caminho cruzamos com alguns motociclistas solitários e no mesmo sentido um casal de argentinos da Regiao de Missiones em uma moto de fabricacao chinesa de 125 ciliondradas que felizes da vida estavam indo para o Ushuaia a 80 km/hora. Só tem doido.

Vi uma lebre cruzar a nossa frente e mais adiante uns trës guanacos (parece lhama) cruzaram a estrada bem próximos ao Dalton, forcando-o a diminuir rapidamente a velocidade.

Chegamos em San Julian e arrumamos um hotel razoável, nos alojamos e fomos saborear um legítimo cordeiro da patagönia, regados a duas garrafas de vinho. Retornamos ao hotel e praticamente desmaiamos de cansaco.

San Julian foi o local escolhido por Magalhäes para invernar antes de prosseguir a sua viagem e descobrir o canal que liga os dois oceanos (atläntico e pacífico) que recebeu o seu nome. O termo patagönia foi citado por ele aqui em referëncia aos índios que aqui habitavam a regiäo. Essa cidade, muito pequena e simpática também acolheu a expedicäo de Darwin, cujo comandante do navio era o Fitz Roy, nome de uma das cidades em que parei para abastecer. VEJAM QUE MOTOCICLISMO TAMBÉM É CULTURA!!!!!!!

Rodamos 5.200 km até agora.

Acordei muito cedo e corri para esse famigerado computador que näo permiti plotar as fotos. Mas prometo colocá-las täo logo consiga infraestrutura técnica adequada.

Bariloche - Gobernador Costa































Estou há quase 4 dias sem dar noticias, mas isso pode acontecer por motivo de falta de estrutura ou outro qualquer.

No meu caso foi por conta de um monte de coisa. Primeiro foi pelo fato de que em Bariloche eu fiquei em uma pousada que nao dispunha de internet legeira. La em Bariloche nos ficamos por dois dias. No primeiro dia nos fizemos um passeio de moto pelo que eles denominam de "circuito chico" (prezados (as) esse "chico" em espanhol quer dizer pequeno, e nao o diminutivo deFrancisco). Nesse passeio pudemos confirmar que Bariloche eh surpreendentemente linda. Tivemos a oportunidade de deslumbrarmos vahrios locais maravilhosos. Passeamos de barco na imensidao azul do lago que domina a regiao.

Uma observacao importante que deve ser feita eh a hospitalidade a nos prestadas pelo Sr. Carlos e sua esposa, proprietarios da pousada Las Viertentes rm que ficamos. Prestou-me expontaneamente todas as informacoes necessarias para o percurso seguinte.

Na data de ontem nos retomamos a estrada com o objetivo de cumprirmos cerca de 750Km no percurso Bariloche - Sarmiento.

Saimos de Bariloche em torno de 8:00 h com o termometro marcando 15 graus. Pegamos a estrada margeando o lago extraordinariamente lindo com o tempo fechado e ameacando chuva.

Logo apos a nossa saida comecou a garoar durante cerca de 30 minutos e a temperatura baixou para 10 graus. Seguimos firme na direcao de El Bolsson por uma estrada maravilhos com curvas delicadas sem oferecer risco a pilotagem.

Na viagem de moto, o importante é a estrada, o destino passa a ser consequencia. Nisso eu aproveito para marcar as passagens que merecem ser vistas em outras oportunidades. No caso de El Bolsson eu estou convicto que um dia la eu retornarei. Eh um lugarejo permeado por pequenas e bem cuidadas chacaras que se destinam a agricultura organica. Ha muitos ciprestes protegendo-as dos ventos e varia pousadas deliciosas. Agua em abundancia e muito local a ser visto.

Ainda voltarei por là para namorar em alguma pousada.

Seguimos em frente, sempre marcados por "cerros" com neve em direcao a Esquel. Nesse trajeto o frio foi aumentando e a temperatura chegando a cerca de 10 graus o que nos fez tilintar de frio. Com certeza a sensacao termica nao era aquela indicada no termometro da Goldwing. Chegamos em Esquel e apos o abastecimento corremos em retirar nossa equipagem de frio e fomos nos vestir com todo o "Polartec" que haviamos comprado. O posto de abestecimento era um Petrobras maravilhosamente bem instalado com tudo de moderno em servico a ser oferecido. My God, isso parece a Europa!!!!!!! Por isso que o argentino eh metido a besta!!!!!!!!!!!!! Ai entao fizemos um bom lanche, e devidamente paramentados seguimos rumo a Sarmiento. Uma nota: Esquel eh outra cidade que com certeza retornarei.

Após (descobri a tecla do assento agudo!!!!!!!!!!!) Esquel passamos a contar com mais um companheiro: O VENTO!!!!!!!! Essa companhia comecou a bater de sul para norte obrigando-nos a inclinar as motos para que pudéssemos compenar o seu efeito. De forma intermitente eramos pegos de surpresa por rajadas que quase quebravam nosso pescoco. E o danado é frio.

Passamos por Tecka e nao abastecemos, pois haviamos percorrido apenas cerca de 90 km e sabiamos que em Gobernados Costa, uma cidade ligeiramente maior, haveira a possibilidade de abastecimento. LEDO ENGANO!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sim, havia um posto YPF muito bom, mas nao havia "nafta". Nos falaram que a demanda de fim do ano foi imensamente superior ao esperado e toda a regiao estva sem nafta. Entao, ja cerca de 14:00 h ficamos na duvida em voltar para Tecka, 160 km para ir e voltar, e correndo o risco de la nao haver combustivel, ou ficar esperando o reabastecimento do posto que estava promeitdo para 18:00. Resolvemos ficar esperando. Até a folia de reis nos presenciamos.

Resultado: o caminhao chegou apenas as 19:00 h e assim achamos que os 260 km restantes poderiam oferecer risco de sucesso em decorrencia da hora. Mesmo assim abastecemos e rumamos para a porta de um pequeno hotel onde debatemos os risco de prosseguir ou naoi. Foi entao que chegamos a covarde, mas prudente, decisao de dormimos em Gobernado Costa.

Adentramos no hotel onde fomos recebidos de forma malcriada por uma atendente que marcou o nosso quarto e ja ditou que o jantar seria apenas as 20:30 h e o cafe da manha seria servido apenas a partir da 8 da manha.

Como havia pouco oferta de hotel naquela trepidante cidade resolvemos covardemente atender os caprichos daquela algoz e humildemente fomos para os nossos aposentos de onde nos retiramos apenas no horario que aquela matrona havia determinado. Eu e o companheiro fizemos uma analise profunda sobre aquela situacao e concluimos que pouco adiantaria expor qualque opiniao pára aquela zelosa e cruel funcionario. Ousamos ate a perceber que ela estava passando, fisicamente, do tempo em se casar, mas....

No jantar pedimos cada um um inhoque que estava delicioso e bebemos duas garrafas de vinho. Interessante que apos a segunda garrafa nos estavamos comecando a perceber que aquela matrona ate que nao era tao perversa assim. Entao, em um minuto de bom senso percebemos que era chegada a hora de dormir. E foi o que fizemos.

Nao consegui colocar as fotos.