Neuquén - Bariloche





































Saímos de Neuquén por volta de 9:00 h, bem animados para cumprir cerca de 450 Km. Realmente, a vegetaçäo näo muda, é sempre aquela arborizaçäo rasteira e estradas com retas intermináveis.

A temperatura estva agradável, em torno de 22 graus, céu com poucas nuvens, percebemos um ligeiro aumento no trânsito de autos de passeios dirigindo-se para Bariloche.

Um fato interessante que pudemos perceber em toda a Argentina é a quantidade de veículos de passeio velhos e mal conservados. Parece que a classe média argentina vem sucumbindo aos efeitos de uma crise econômica que vem persseguindo o país por quase duas décadas.

No entanto, no trajeto Neuquén - Bariloche, passamos a registrar a presença de carros mais novos e modelos típicos de uma classe média alta.

Após cerca de 40 Km depois de Neuquén fomos brindados ao final de um elevaçäo por um imenso lago azul de uma beleza ímpar. A partir de entäo pudemos presenciar os primeiros sinais de que estávamos nos aproximando por mais uma vez da cordilheira dos Andes. Dessa vez, a estrada estava sendo descortinada para a apresentaçäo de um espetáculo de cenários naturais um após o outro, com curvas de alta velocidade e pequenas elevaçöes que nos possibilitavam uma pilotagem deliciosa.

Após cerca de 200 km paramos em um posto de serviço Petrobrás, digno de estabelecimento europeu, com uma lanchonete com mesas dispostas em uma pequena área sombreada por árvores pequenas mas que davam um toque especial. Abastecemos as motos, sentamos em uma mesa onde fomos servidos por um garçon bem treinado de café, água e suco de laranja.

Ansiosos em continuar esse curto trecho voltamos para a estrada e a cada momento havia mais um belo cenário. A subida pela cordilheira dá-se de forma suave, beirando imensas montanhas ainda com cobertura de gelo em seus cumes, cujas bases säo preenchidas pela mesma vegetaçäo rasteira e seca bem típica das regiöes anteriores.

Bem próximo de Bariloche, no alto de uma subida novamente fomos surpreendidos pela visäo de mais um belo espetáculo da natureza, o lago Nahuel Huapi, que de forma generosa abriga em suas margens a cidade de Bariloche. Realmente a imagem é maravilhosa, as sua águas de tonalidade azul säo cercadas por altas montanhas com a presença de gelo no cume.

Chegando no centro de Bariloche por volta de 13:30 h, nos dirigimos ao Hotel onde a Amélia estava provisoriamente instalada nos esperando desde que chegara por volta de 02:00o da madrugada desse mesmo dia, e de lá o Dalton eu que dessa vez ficamos em hotéis diferentes, nos dirigimos cada um para o que havíamos reservado ainda no Brasil. Ele em uma pousada no centro da cidade, bem próxima à Catedral e eu e Amélia em uma simpática Pousada distante de cerca de 2,5 km do centro de Bariloche. Quarto simples, cama generosa e bem confortável, uma pequena tv, um banheiro asseado, mas com estacionamento muito devassado. Chama-se Hosteria Las Vertientes e é administradas pelo casal proprietário já idoso mas bem simpáticos. Na parte debaixo da pousada funciona um restaurante de boa aparência que é administrado por um terceiro.

Instalados e de banho tomado voltamos dessa vez de taxi para a cidade e fomos para um bar de nome Cocodrillo onde tomamos uma cerveja na varanda, vendo o povo passar e em sua maioria formado por brasileiros ruidosos mas alegres. Ligamos para o Hotel do Dalton e ele logo juntou-se a nós com a dica de um bom restaurante que recebera da proprietária do hotel onde estava instalado. Fomos entäo até o Família Weiss onde fomos cordialmente atendidos por uma garçonete vestida a caráter e muito competente, dando total assessoria para os pratos e bebidas harmonizadas. Escolhemos todos truta salmonada, cada uma com um molho diferente mas todas muito apetitosas. Cometemos uma heresia para os ortodoxos no momento em que contrariando a indicaçäo da gentil garçonete optamos por vinho tinto para acompanhar as trutas.

Após essa maravilhosa refeiçäo nos dirigimos de retorno aos nossos respectivos hotéis, mas com uma prévia passagem por um mercado onde compramos duas garrafas de vinho argentinos ambos robles.

Vou tomar café e me aprontar para ir para o centro da cidade escolher um passeio e ver se consigo um cyber café para poder postar as fotos desses dois últimos dias.