Punta Arenas (CH) - Rio Grande (AR) - RUMO AO USHUAIA
























































Saímos em busca de um mecânico para efetuar a troca de óleo das motos em torno de 9 horas. A busca foi longa até acharmos alguëm. É que aqui em Punta Arenas a motociclete, em razäo do clima frio näo é um veículo muito comum. O curioso da busca foi a corrida que levamos de um grupo de cerca de 10 cachorros que de forma ensandecida corriam latindo ao lado das motos.

Como estávasmos demasiadamente assustados com a possibilidade de ventos fortes e do rípio, resolvemos que deveríamos partir em direçäo ao Ushuaia parando em duas vezes.

Só conseguimos sair depois de trocarmos o óleo na mecânica MOTOESCAR, especialista em quadriciclos e motocross, que nos atendeu muito bem e cobrou-nos um preço justo. A nossa preocupaçäo além de näo passar do momento correto de troca do óleo era näo ficarmos preso a um mecânico em Ushuaia que haviam nos informado que ela era careiro.

Trocado o óleo fomos para o hotel e pegamos a bagagem e partimos em torno de 14:00 rumando para a TIERRA DEL FUEGO.

O termômetro marcava a temperatura rara de 18 graus e misteriosamente näo pegamos vento. Ficamos super animados e imprimíamos a velociade habitual de 140 Km/h para as imensas retas e o pouco trânsito no asfalto perfeito das estradas daqui. Chegamos na balsa e pouco esperamos. Tudo conspirava a favor da nossa viagem. Embarcamos as motos e rumamos para a Terra del Fuego por um mar surpreendetemente pouco revolto que proporcionou uma viagem segura e bastante calma de cerca de 20 minutos e acompanhados por golfinhos que ladeavam a barca.

Desembarcados, seguimos com a intençäo de dormimos em Cerro Sombrero, a última cidade antes de inciarmos o famigerado rípio. Mas como tudo contribuia positivamente, ponderamos que apesar de já ser 18:00 h, as condiçöes do tempo eram positivamente extraordinárias e o fato de contarmos com a possibilidade de um eventual apoio do Zilmar que seguia atrás da gente com o seu Motohome. Resolvemos encarar o rípio.

Já devidamente instruídos que deveríamos seguir sempre no sentido de Onaisim, uma cidade chilena, fomos no início com muito medo e cautela percorrendo os primeiro péssimos 5 km de um rípio solto que fazia a gold balançar como se estivesse em cima de um rinque de patinaçäo.

Lembrei que o César de Folrianópolis, grande pessoa dotada de um espírito colaborador que somente aqueles de mente elevada podem ter, que inclusive eu apenas conheço por meio de trocas de emails, havia me doado um protetor de cárter de alumínio para a Gold que com certeza estava sendo de grande utilidade naquele momento. Valeu Cesar, agradeço bastante a doaçäo.

Rompidos os primeiro 5 km passei a sentir mais confiança e a estrada a cada momento revelava-se melhor. As pedras soltas passaram a estar consolidadas e o piso começou a permitir velocidades maiores. Por um momento cheguei a atrever imprimir cerca de 120 km/h, mas de forma cautelosa reduzi um pouco e continuei de forma mais segura.

Mantinha os olhos em direçäo a dois pontos. No primeiro ponto eu varria os primeiros 30 metros e no segundo eu focava as curvas que iriam suceder e demais obstáculos. Sempre atento aos inúmeros Guanacos que margeavam a estrada e a presença de carneiros que poderiam atravessar a pista.

Mantinha as rodas no triñho de passagem dos automóveis e quando percebia as denominadas costelas eu acelerava forte para diminuir o impacto na roda dianteira.

E assim fui vencendo o rípio até chegar a aduana a fronteira Chil/Argentina. Como tuda dava certo, até o procedimento excessivamente burocrático da aduana chileno foi rápido. Adentramos mais uma vez na Argentina e logo pegamos o maravilhoso asfalto. Paramos em Rio Grande, boa cidade que conta com aeroporto internacional e muito movimento em decorrência da indústria do petróleo.

Mais um jantar regado pelo maravilhoso vinho argentino e caminha porque ninguém è de ferro.

Rodamos nesse dia 435 km, sendo que 355 km sem abastecer, pois näo havia postos de combustivel pelo percurso que realizamos. Isso com certeza confirma que essa viagem deve ser realizada com motos que tenham larga autonomia.